terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Pela palavra ( para Philip Roth )





E como se o amor tivesse asas, ele chegou.
Embora tudo o que tivesse acontecido entre eles, aquele moço de calças apertadas tocou a campainha.
Ela, pronta pro que desse e viesse, não necessariamente nessa ordem, abriu a porta.
Os dois fitaram-se por alguns instantes.
É justo nesse momento que o ser humano entende a palavra logo-logo.
Entraram, conversaram um pouco e decididamente fizeram amor.
Foi para ele o momento mais bonito.
Se despediram, ela fechou novamente a porta sentindo os medos de outrora.
Ele foi visitar um amigo não sei onde.
Qualquer que seja o desígnio, não explicaria essa paixão imbecil, fraterna e covarde.

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